quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SEMINÁRIO DO LIVRO LER E ESCREVER-ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO


Disciplina de Fund. e Metod. da Alfabetização e Letramento. 
Profª. Nara Nehme Borges
Alunas: Eliane Maricato e Marina Maricato 





Artigo: “Não apenas o texto, mas o diálogo em língua escrita é o conteúdo da aula de português”.
“ Ler é produzir sentido. Ensinar a ler é contextualizar textos: o leitor atribui ao texto que tem diante de si o sentido que lhe é acessível.” (GUEDES, 1999,pag.135). 


Ensinar a ler é alfabetizar e levar o aluno a decifrar os códigos. 
Dar condições para que os alunos dominem a língua escrita através da ortografia e regras, mas que também saibam interpretar e entender diversos tipos de textos.
O português padrão por uma questão política-cultural é a que devemos ler e escrever, mas não é a que falamos. É preciso ensinar o português aos alunos para que eles possam ser capazes de entender o que está sendo lido.
É tarefa da escola ensinar a língua escrita...
“ Ensinar português(...) e não tratar os alunos como se devessem ter aprendido a língua escrita antes de chegar na escola, pois eles só vão poder aprender português, uma língua que não falam, na escola, lendo uma grande quantidade de textos, expondo-se à língua escrita assim como aprenderam a língua que falam ouvindo por toda a parte e tentando falar como falavam as pessoas ao seu redor.” (GUEDES, 1999, pag.141).
Quantos professores preocupam-se em ensinar os alunos a produzir um texto?
A maioria dos professores não fazem antes de solicitar um resumo de um texto aos seus aluno, uma síntese, para verificar a real dificuldade dessa tarefa. Muito poucos também não usam dos erros para que se tornem construtivos. A grande maioria dos professores trabalham exigindo textos perfeitos dos alunos sem ter dado base aos mesmos.

“ Para o aprofundar a leitura dos textos importantes para a formação dos alunos, solicitar que cada aluno expresse o seu entendimento desses textos com vistas a um confronto de leituras por meio da leitura em voz alta do texto, da produção de resumos comparativos de diferentes textos sobre o mesmo assunto.” (GUEDES, 1999, pag.141). 
Somos capazes de escrever... 
Essa capacidade brota do trabalho de escrever (e não de uma inspiração iluminada) e do diálogo do texto resultante desse trabalho com seus leitores.
Esse dialogo só faz sentido se for para subsidiar uma ou mais reescritas do texto com a finalidade de construir a respeito do assunto a clareza possível neste momento histórico pelo qual passa o autor do texto.

O texto precisa ser tratado como diálogo e não apenas como estrutura. 
“ Ensinar a escrever na aula de português e, portanto, apresentar os contextos de dialogo em língua escrita e propiciar aos alunos a participação nesses contextos.” (GUEDES, 1999, pag.149).
... poderá surgir aquele gosto pela leitura com o qual não se nasce, porque não é um instinto. (RODARI, 1990).
Nós como futuras professoras, devemos nos preocupar com a formação integral de nossos alunos, formando cidadãos conscientes, críticos e leitores.
A leitura é uma ferramenta indispensável para a formação do aluno, através dela o aluno pode viajar, conhecer lugares, experimentar situações novas, enfim, obter conhecimentos não só de escrita e de leitura, mas de vida.
Os alunos devem ser incentivados a lerem de forma prazerosa. A leitura deve ser um hábito e estar presente no cotidiano das crianças.
O texto tem que interagir com o leitor, através de assuntos que chamam sua atenção e que não sejam monótonos. Ex. histórias infantis, onde a explicação se faz na maioria das vezes desnecessária, isto porque a criança entende perfeitamente, porque a literatura infantil se faz entender pelo seu contexto.


A leitura deve ser significativa para o aluno.
É preciso que haja interação entre a obra e o leitor.
A leitura deve ter um espaço maior e mais importante dentro das salas de aulas.

Os profissionais da educação devem estimular a leitura entre seus alunos. Há diversas maneiras de interação e de preparação de aulas mais dinâmicas e interessantes, que chamem a atenção das crianças para o hábito da leitura com prazer.

“ (...) um grande objetivo consiste em fazer que os jovens desejem descobrir o livro, pegá-lo nas mãos com expectativa, apropriar-se dele e, conseqüentemente, lê-lo. (GUEDES, 1999, pag.162).




CENTRO UNIVERSITARIO METODISTA DO IPA.

CURSO DE PEDAGOGIA.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Resenhas - A Língua de Eulália, Uma Novela Sociolingüística

CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA, DO IPA
CURSO DE PEDAGOGIA

Disciplina de Fund. da Alfabetização e Letramento
Profª. Nara Raquel Nehme Borges
Aluna: Eliane Maricato
BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália, Uma Novela Sociolingüística. São Paulo: Contexto, 2005.
Marcos Bagno é professor e um famoso autor de mais de trinta livros. Luta pela não discriminação das formas de linguagens e discriminação dos cidadãos na sociedade. O autor acredita que o preconceito às diversas formas de falar é um dos grandes motivos de exclusão social em nosso país. Marcos Bagno acredita que o modo de falar de cada pessoa não pode ser motivo de preconceito lingüístico, já que em nossa sociedade há inúmeras culturas diferentes umas das outras e elas influenciam no modo de falar de cada pessoa se expressar como acha correto.
O livro narra uma história na qual três jovens vão passar uma temporada de férias na casa da tia de uma das jovens chamada Irene. Nesta história há a uma mulher chamada Eulália que é empregada doméstica da tia Irene, que fala muito diferente das jovens meninas, pois a Eulália não é estudante acadêmica como as jovens. Então, as estudantes universitárias começam a achar engraçado e errado o jeito de Eulália falar. Então Irene que é professora de Português tenta esclarecer para as jovens que o jeito de Eulália falar não é errado e sim um português diferenciado do que elas conhecem devido o meio e a cultura na qual Eulália aprendeu a falar.
Acredito que muitas pessoas são discriminadas e sofrem preconceitos pelo seu jeito de falar. Infelizmente as pessoas da sociedade não valorizam o conhecimento da formação lingüística de cada um, e dessa forma acabam por discriminar e excluir as pessoas que consideram falar de forma errada. É correto afirmar que não há jeito certo ou errado de se expressar, cada pessoa aprende a se comunicar em seu meio social juntamente com sua cultura, e por isso a variação lingüística ocorre. Para muitos, a forma correta de falar é padrão, ou seja, a linguagem usada pelas pessoas que possuem um grau de instrução mais elevada ao da maioria das pessoas. Porém a verdade é que não significa que só pelo motivo de uma pessoa falar de forma diferenciada do português considerado o correto, ela está incorreta. As pessoas devem aprender a valorizar suas próprias culturas e a valorizar as dos outros, pois nosso país é um misto e diversificado local onde se encontram pessoas de níveis sociais e culturais distintas umas das outras. Todas as formas de falar devem ser respeitadas, para que assim o preconceito e a exclusão social que visa apenas o português padrão correto de falar, seja instinto.

Disciplina de Fund. da Alfabetização e Letramento
Profª. Nara Raquel Nehme Borges
Aluna: Marina Maricato

A língua de Eulália, a novela sociolingüística,
Marcos Bagno, editora contexto, 1997

O livro é muito interessante, divertido e fácil de entender por que sua leitura é feita de forma muito dinâmica. No livro o autor procura mostrar que o uso de uma linguagem diferente não quer dizer que seja errado por que a língua portuguesa sofre várias influencias de palavras que pertencem até mesmo a outras línguas de imigrantes que chegam de outros países, e também do meio social e cultural.
O livro conta a história de três estudantes universitárias dos cursos de letras, pedagogia e psicologia que vão visitar a tia de uma delas em uma chácara em Atibaia-SP. Essa tia chama-se Irene e com ela mora Eulália que trabalha na casa.
Eulália tem um jeito de falar diferente e as moças estudantes acham engraçado por considerarem que Eulália fala de modo errado.
Irene não gosta muito que as moças tomem essa posição discriminatória, pois Eulália é sua amiga de muitos anos. Dessa forma Irene explica para as meninas que existem muitos jeitos de falar o português e que o jeito de Eulália não esta errado.
Então Irene começa a dar aulas para elas explicando a origem das palavras, de seus vários modos de pronúncia, pois raramente falamos como escrevemos e que existem muitas variações do português que é falado com sotaques e características próprias. Porém o português padrão (PP) é pra ser seguido conforme a academia brasileira de letras em todo país como o português oficial. Existem a diferenças entre o português padrão (PP) e o português não padrão (PNP). Depois Irene explica as estudantes que o português é uma língua formada por muitos outros idiomas e dialetos, totalmente mutáveis e variáveis.
Irene explica para as alunas que quem não fala o PP sofre preconceitos e gozações, quem fala o PP, ganha prestígio social. Pode-se ver daí que o PNP é considerado de forma errada, a língua dos excluídos. No entanto podem-se observar mais semelhanças que desigualdades entre o PP e o PNP.
O PNP é aprendido pelas pessoas que o falam dentro do contexto social em que elas vivem e também é passado de geração para geração, enquanto o PP que também é chamado de norma culta é aprendido na escola.
O português não padrão (PNP) é uma linguagem inovadora onde as regras são aprendidas naturalmente e por imitação. O português padrão (PP)se mantém inalterado por muito tempo e não aceita qualquer tipo de novidade e necessita de muitas regras para dar conta de um único fenômeno.
Assim, depois de várias aulas as alunas de Irene aprendem de forma muito significativa que o PNP e o PP têm suas diferenças em muitos aspectos, mas que os dois são valorizados e nenhum pode ser considerado errado. Depois de muita aprendizagem chega à hora de irem embora e concluem que as aulas foram muito bem aproveitadas e que não existe o falar “errado”, mas sim o falar “diferente”, e que as pessoas que falam de maneira “diferente” tem que serem respeitadas e não podem ser excluídas da sociedade por preconceitos.
Lendo esse livro, eu consegui entender muita coisa que para mim foi mesmo uma surpresa. Quase todo mundo discrimina e tenta corrigir a pessoa que fala “errado” e não se dá conta que o falar “errado” é bem mais complexo que se imagina e que não é errado, mas sim uma linguagem que sobre várias influencias e que deve ser respeitada.
Refleti através do livro que a língua portuguesa (PP) é um conjunto de variedades e diferenças, e que o português não padrão (PNP) é uma dessas variedades. Assim, passei a refletir melhor no meu posicionamento sobre o PNP e passarei a olhar “com outros olhos” os falantes da língua que antes considerava errada.
Aprendi muito coisa com esse livro, mas também sei que na realidade do dia a dia as coisas se complicam um pouco mais. O preconceito existe e é muito forte para quem fala “errado”, essas pessoas são pouco aceitas na sociedade dita falante do português “correto”. Acredito que esse preconceito vai durar muito e que livros como esse deveriam ser bem mais divulgados para que essas informações chegassem até as pessoas de um modo geral e não só no mundo acadêmico, só assim estariam contribuindo de forma mais efetiva para uma mudança de posicionamento e valorização do PNP que incluíssem e não excluísse as pessoas de todo o contexto da sociedade.



 

Observação de Gestão Escolar

  CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA, DO IPA
CURSO DE PEDAGOGIA
Disciplina de Prática Ped. V- Gest. Docência: Anos Iniciais Ensino Fundamental
Profª. Nara Raquel Nehme Borges
Alunas: Eliane Maricato e Marina Maricato

OBSERVAÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR


AS OBSERVAÇÕES...
             Observamos uma escola estadual de ensino fundamental situada na zona sul de Porto Alegre. No período em que estivemos na escola, pudemos observar que a estrutura da escola é muito precária, as salas de aulas apresentam-se em estado muito ruim. Não há ventiladores e as paredes são de madeira e muito velhas, há frestas entre as salas de aula e a grama não é aparada.
A escola em questão não possui sala de multimídia, nem mesmo computadores para as crianças acessarem e terem oportunidade de aprender informática.
O recreio é dado primeiro aos alunos do jardim e séries iniciais, depois disso, quando os alunos pequenos já retornaram para suas salas de aula, os alunos das séries finais, saem para o intervalo. A diretora nos explicou que o tempo do recreio é dividido para não haver brigas nem mesmo acidentes envolvendo os alunos maiores com os menores.
Nos intervalos é servido merenda a todos os alunos. O cardápio varia entre lanches e comidas como polenta com guisado, almôndegas, arroz etc., e sucos.
A escola não oferece acessibilidade para alunos com necessidades educativas especiais, já que há apenas uma rampa de acesso à escola ao lado de uma grande escada, porém dentro da escola há diversas escadas onde os alunos com necessidades especiais não podem acessar.
A escola é gradeada e o portão fica fechado em todos os turnos, impedindo dessa forma que os alunos saiam da escola ou que alguém estranho com más intenções entre no ambiente escolar.
A equipe escolar está organizada entre professores, funcionários, orientador, supervisor, vice-diretora e diretora.
Toda a equipe da escola nos pareceu muito unida e comprometida no trabalho que realizam. Todos os trabalhadores envolvidos na escola, desde a merendeira até a diretora escolar, se mostraram muito afetivos com os alunos, sejam estes da educação infantil ou não.
Observamos que os alunos respeitam os profissionais que atuam na escola, e que há uma relação de confiança e amorosidade entre alunos e os profissionais que trabalham dentro da escola.
Há na escola reuniões quinzenais que visam à formação continuada dos professores e a discussão do andamento e/ou planejamento dos projetos. As reuniões buscam aperfeiçoar as metodologias usadas pelos professores em sala de aula, além de discutir temas para projetos e planejar como serão trabalhados os mesmos.
Nos foi informado que o Projeto Político Pedagógico da escola não nos pode ser apresentado, porém, já está concluído.
Na escola a política de inclusão é dada de forma aberta e sem preconceitos, no entanto não há estrutura física para alunos com NEES.
A Gestão escolar busca de todas as formas interagir com as famílias dos alunos. São feitas reuniões onde a presença dos pais é quase a totalidade.
A escola recebe apoio do NASCA (Núcleo de Atenção a Saúde da Criança e do Adolescente), que direciona as crianças à psicólogos, dentista e nutricionista. O NASCA, trabalha em convênio com a Prefeitura de Porto Alegre e o Estado do Rio Grande do Sul, e auxilia a escola sempre que solicitado.
O processo de eleição de diretores da escola se dá de maneira democrática e aberta à comunidade em geral. Há votos que são depositados em urna na qual toda a comunidade participa, entre essas pessoas há pais, alunos, professores e funcionários da escola.
Há conselho escolar bem estruturado, na qual participam das reuniões pais, professores, diretores e alunos.
A violência é evitada através de projetos que são realizados pelos próprios professores da escola. Na observação que fizemos, por exemplo, havia cartazes anexados nas paredes dos corredores da escola alertando para a conscientização dos alunos para o bullyng.
Na escola não há o programa “Mais Educação”, pois não há espaços físicos adequados.
A evasão escolar é evitada através de contato com a família, projetos pedagógicos significativos e que sejam interessantes aos alunos.
A relação da direção e professores com os alunos da escola é muito boa e conseqüentemente bem próxima, essa relação favorece o diálogo entre ambos e
o contato familiar e escolar é mais próximo e favorável a permanência das crianças no ambiente escolar.
             A equipe diretiva da escola busca atender e resolver todos os problemas que a escola enfrenta cotidianamente. Observamos que a equipe de gestão é unida e trabalha de forma democrática, na qual todos os envolvidos no sistema educacional têm vez de expressar suas idéias e opiniões e participar dessa maneira, em busca de uma escola mais qualificada e aberta à toda a comunidade.

Organização e Gestão da Escola-Teoria e Prática - José Carlos Libâneo

CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA, DO IPA
CURSO DE PEDAGOGIA

Disciplina de Prática Ped. V- Gest. Docência: Anos Iniciais Ensino Fundamental
Profª. Nara Raquel Nehme Borges
Alunas: Eliane Maricato e Marina Maricato

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA - TEORIA E PRÁTICA - CAP. IV
 José Carlos Libâneo
Após a leitura do texto do capítulo IV do livro Organização e Gestão da Escola- Teoria e Prática,  escrito por José Carlos Libâneo, escolhemos as idéias que seguem abaixo, porque é muito importante refletirmos e nos apropriarmos de conceitos que esclarecerão dúvidas e acrescentarão novos conhecimentos na nossa formação como futuras educadoras conscientes, críticas e autoras de nossa própria prática.
A PROFISSIONALIZAÇÃO E O PROFISSIONALISMO

José Carlos Libâneo quando fala em profissionalização refere-se às condições ideais que venham garantir o exercício profissional de qualidade. Quando ele fala em profissionalismo refere-se ao desempenho competente e compromissado dos deveres e responsabilidades que constituem a especificidade de ser professor e ao comportamento ético e político expresso nas atitudes relacionadas à prática profissional.
            As duas noções comentadas parecem ser indispensáveis para a formação de um bom profissional. Mas, não podemos tratá-las como “indissociáveis”, porque muitas vezes o professor não teve ou não tem uma prática ideal devido à falta de profissionalização, por motivos vários, até mesmo por falta de dinheiro, pois bem se sabe o professor não é valorizado como devia ser. Mas certamente com dedicação, empenho e respeito a sua profissão, o professor poderá mudar suas atitudes e suas convicções e buscar uma educação de forma continuada que contribuirá de forma mais abrangente e cooperativa na aprendizagem de seus alunos e no seu crescimento como profissional e de ser humano capaz e valorizado.






A FORMAÇÃO CONTINUADA

Este é um assunto que vem sendo discutido incansavelmente na educação. Sem dúvida, a formação continuada como já citamos acima, é muito importante para a capacitação do professor. Ela contribui para que o educador seja capaz de aperfeiçoar sua prática e adotar boas metodologias didático-pedagógicas, como também promover o envolvimento desse profissional de uma maneira interdisciplinar que irá abranger sua autonomia reflexiva no que se refere a todos os interesses da escola, do aluno e de si mesmo.
            O educador não pode aceitar que lhe digam o que fazer em sua sala de aula. Ele tem que atuar como sujeito crítico, reflexivo, pesquisador e elaborador de conhecimentos que contribuirão na sua formação profissional que refletirá em todo o contexto educacional.







A IDENTIDADE PROFISSIONAL DOS PROFESSORES

           Para ser professor é preciso amar essa profissão. É ter atitudes, conhecimentos, habilidades e valores que irão acrescentar no seu trabalho como educador.
A identidade do professor está cada vez mais centrada em mudanças que ocorrem na sociedade, e a nova realidade que ela apresenta.
É preciso que o educador tenha uma formação e que essa formação seja de forma continuada e que ele esteja aberto a novas realidades e novas maneiras de pensar. Novas práticas, mudanças no papel docente, e novos modos de agir promoverão conhecimentos que irão contribuir para a sua identidade profissional.




Referências:

LIBÂNEO, José Carlos - capítulo IV do livro Organização e Gestão da Escola- Teoria e Prática. 

PROJETO: Construindo Textos com Criatividade

CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA, DO IPA
CURSO DE PEDAGOGIA

Disciplina de Fund. da Alfabetização e Letramento
 Profª. Nara Raquel Nehme Borges
Alunas: Eliane Maricato e Marina Maricato

PROJETO: Construindo Textos com Criatividade  

Problema: As dificuldades que os alunos enfrentam em escrever.

Tema: Construção de textos

Título: CONSTRUINDO TEXTOS COM CRIATIVIDADE

Período de duração: 1 semana

Série: 3° ano

Empreendimento: Produção de Painéis com textos jornalísticos: Os textos jornalísticos depois de pronto ficarão expostos nos murais da escola para que todos possam ver os trabalhos dos alunos. Serão utilizados folhas A4, canetinhas hidrocores, canetas estereográficas, tesouras, colas e diversos jornais e revistas.

Índice:

  1. A importância da leitura na vida de todos nós.
  2. Porque não temos o hábito de ler textos jornalísticos?
  3. Aprender a ler o jornal com prazer e interesse.
  4. Aprender a ter prazer em ler.
  5. As muitas vantagens de ler e escrever bem.
  6. A leitura de jornal como parte de nosso cotidiano.

Justificativa:

O projeto visa incentivar os alunos a lerem com freqüência para obterem dessa forma uma escrita de qualidade.
Os alunos devem ser incentivados desde cedo a lerem diversos gêneros textuais. O trabalho com jornal e a construção de textos estimula as crianças a se interessarem pela leitura e pela escrita de forma prazerosa e espontânea.
Nosso projeto visa aprimorar a escrita dos alunos e alunas que estão no terceiro ano, incentivando-os(as) a produzir textos de forma criativa e espontânea
            A leitura e a escrita são imprescindíveis na vida de todos os cidadãos. Desde cedo os alunos devem ser incentivados a participarem do mundo da escrita e da leitura.
            Incentivar as crianças a lerem é criar cidadãos conscientes e dignos, já que acreditamos que a literatura humaniza as pessoas.
            Através de atividades lúdicas os professores podem criar situações de aprendizagem e envolvimento com o mundo do letramento, facilitando assim o gosto e aptidão dos alunos e alunas pela leitura e a escrita.
            Os textos jornalísticos fazem parte do cotidiano das pessoas, pois trazem informações sobre diversos assuntos, de toda a parte do mundo e até mesmo de fora dele.
             A leitura de jornal permite que os alunos tenham uma visão mais nítida do que está acontecendo na atualidade mundial e até mesmo no que já aconteceu no passado. A leitura jornalística incentiva os alunos a pensarem de forma crítica sobre as inúmeras notícias que são divulgadas diariamente.
            Os jovens dos dias de hoje estão acostumados a assistirem muita televisão e se interessam demais por informática e internet.
            Incentivar as crianças a se interessarem por noticias escritas em jornais, e não apenas em televisão e internet,  permite que os(a) educandos(as) reflitam sobre algo que estão lendo de forma interessada e sossegada, facilitando dessa forma que a informação não seja rápida e dinâmica. É preciso que a notícia seja absorvida pela criança e que ela analise os fatos com consciência e de forma crítica.  

Objetivo Geral:

            Conhecer os textos jornalísticos e produzir textos de maneira clara, coerente e  criativa sobre um determinado título e/ou assunto de jornal para desenvolver a argumentação e o espírito crítico

Conteúdos Conceituais:

§  Leitura e a escrita;
§  Gêneros textuais: diferentes maneira de produzir um texto;
§  Gênero: jornalístico e suas características
§  Linguagem oral e escrita;
§  Compreensão leitora

Conteúdos Procedimentais:

§  Elaboração idéias novas sobre textos e leituras;
§  Construção de textos através de um título pré-definido;
§  Execução manifestações sobre os títulos escolhidos para a elaboração dos textos;
§  Compreensão leitora;
§  Organização e elaboração de suas idéias e relato de seus conhecimentos.

Conteúdos Atitudinais:

§ Interação entre os alunos com o grupo;
§ Valorização do que aprenderam nas atividades;
§ Hábito de ler e escrever;
§ Valorização da auto-estima;
§ Socialização;
§ Cuidado com os materiais;
§ Envolvimento com as propostas de trabalho.

Metodologia:

            Durante a semana em que aplicaremos o projeto, vamos num primeiro momento explicar aos alunos o que significa um texto jornalístico, onde eles são encontrados e como fazem parte do cotidiano das pessoas.
            Após isso vamos organizar os alunos em duplas. Distribuiremos diversos jornais e deixaremos que os alunos manejem o material.
            Distribuiremos para os alunos diversos títulos com matérias de jornais e pediremos que os alunos escolham um texto com um título, recortem, leiam e reflitam sobre ele.
            Faremos um levantamento através de uma enquete, para saber diversas informações sobre a relação que os alunos têm com as leituras jornalísticas.
           
Os(as) alunos(as) vão recortar o título escolhido do texto jornalístico e vão colar numa folha de papel A4.
            Solicitaremos que os alunos escrevam um texto da forma que acharem melhor sobre o texto que escolheram e que usem o titulo da notícia jornalística escolhida como referência para escrever o texto.
            Os textos depois de prontos, ficarão expostos no mural da sala de aula.

Avaliação:

            A avaliação será formativa, processual e contínua considerando os objetivos propostos e o processo de aprendizagem das crianças.

Cronograma:
           
Segunda-feira
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
Apresentar o novo projeto para os alunos e informar o que são textos jornalísticos, como são classificados e o que são cada um deles.

Organizar a turma em dupla e distribuir diversos tipos de jornais e revistas para que eles possam manusear e explorar o material.

Distribuir várias matérias de jornais. Solicitar que os alunos leiam, reflitam e recortem o texto com o título escolhido.

Realizar uma enquete com os alunos. Será distribuído um pequeno questionário sobre o que os alunos gostam e o que gostariam de ler em um jornal.

Solicitar que os alunos recortem apenas o título do texto que escolheram para assim escrevem um texto sobre a manchete



ANEXO:

Questionário para a enquete

  1. Alguém da sua família tem o hábito de ler jornal?



  1. Você lê algum jornal ou revista? Qual? Em que momento do seu dia você gosta de ler?


  1. Você acha que a leitura de textos jornalísticos é interessante para a vida das pessoas? Por quê?


  1. Prefere ler jornal e revista ou assistir televisão e ler as notícias na internet? Por quê?


  1. Você acha que os jornais oferecem assuntos que motivem as crianças a lerem?


  1. Se você pudesse o que gostaria de mudar nos jornais e revistas?


  1. Que notícias você gostaria de ler mais nos textos jornalísticos?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Os Professores da Educação de Jovens e Adultos - EJA


CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA, DO IPA
Profª. Gilda Glauce
Aluna: Eliane da Silva Maricato

   
          Durante dos dias em que observei uma escola da EJA, pude constatar para um bom desenvolvimento da prática do professor, as aulas devem ser dinâmicas e trazer resultados positivos e que chamem a atenção dos(as) alunos(as) da EJA, sejam estes de jovens ou idosos.
            Observar as aulas e a estrutura da EJA me proporcionou adquirir novos conhecimentos sobre a Educação de Jovens e Adultos, além de ter facilitado o meu entendimento sobre as dificuldades que os(as) professores(as) têm em dar aulas para alunos(as) de diversas idades em uma mesma sala de aula.
            É preciso que os(as) educadores(as) da EJA se conscientizem de que os(as)a alunos(as) devem estudar não apenas para obterem um certificado de conclusão de um determinado grau. Os(as) professores(as) devem estimular os educandos a pensarem de forma crítica e libertadora, só assim a educação terá seu valor verdadeiro.

 Conscientizar através da ação dia lógica emancipatória é o fio condutor do processo da alfabetização de Freire (1980). Nessa perspectiva de prática educativa libertadora, o conhecimento é produzido pela conscientização, partindo da análise crítica da realidade existencial, empoderando os sujeitos para a tomada de decisão e para as ações transformadoras necessárias. (RAMEH, L. Método Paulo Freire: Uma contribuição para a história da educação brasileira)


                        Alguns docentes não diferenciam as aulas ministradas nos turnos diários das aulas à noite e este grupo de professores(as) não têm uma visão ampla que os façam enxergar com consciência e nitidez que os(as) alunos(as) que freqüentam o curso da EJA devem ser vistos, valorizados e tratados de maneira diferenciada.

A educação de Jovens e Adultos apresenta hoje uma identidade que a diferencia da escolarização regular e essa diferenciação não nos remete apenas a uma questão de especificidade etária, mas, primordialmente, a uma questão de especificidade histórico-cultural. (FERRARI, S. O aluno de EJA: jovem ou adolescente?)


            O(a) professor(a) da EJA deve se conscientizar e ter clareza que os(as) alunos(as) que lá estudam são diferentes dos demais, pois procuraram a escola tardiamente por inúmeros e diversos motivos.
            É preciso que os(as) professores(as) tem o conhecimento sobre profissionalismo e profissionalização. Ambos parecem ter o mesmo sentido, porém são distintos um do outro. Faz-se cada vez mais necessário que o(a) professor(a) tenha profissionalismo, pois dessa maneira ele conseguirá desempenhar seus deveres e responsabilidades específicas do seu papel de educador. O profissional da educação deve ser ético e no que diz respeito às suas práticas e metodologias de ensino.
            Os(as) professores(as) devem ter claro também o significado de profissionalização, na qual visa a qualidade do exercício profissional do(a) professor(a). Dessa maneira, os(as) professores devem estar na busca contínua de qualificação profissional para poderem melhorar suas práticas e metodologias usadas em sala de aula.
            O profissionalismo e a profissionalização apesar de serem diferentes um do outro, devem seguir juntos nas práticas usadas e na vida profissional do professor, assim resultará em um profissional mais comprometido e com melhores metodologias a oferecer aos educandos e educandas que estão em busca de conhecimentos significativos. A formação continuada faz-se necessária na área profissional do(a) professor(as), pois através dela suas práticas e metodologias podem ser transformadas e melhoradas.

O professor é um profissional cuja atividade principal é o ensino. Sua formação inicial visa a propiciar os conhecimentos, as habilidades e as atitudes requeridas para levar adiante o processo de ensino e aprendizagem nas escolas. Esses conjunto de requisitos profissionais que tornam alguém um professor, uma professora, é denominado profissionalidade. A conquista da profissionalidade supõe a profissionalização e o profissionalismo. (LIBÂNEO, J. Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática).


             Para que os(as) alunos(as) construam um pensamento crítico e que saibam expressar suas dúvidas e conhecimentos, é preciso que os docentes usem de recursos e metodologias diferenciadas para que não haja evasão escolar por falta de motivação dos(as) alunos(as).
            Muitos professores(as) consideram a EJA um grande aprendizado pessoal e profissional, e garantem que o aluno que atua lá atua, demonstra um retorno muito grande de satisfação e alegria quando aprende algo novo e significativo.

A ação do professor que trabalha com a educação de jovens e adultos consiste sobretudo em estimular no educando a consciência crítica de si e do mundo, habilitando-o com os conhecimentos científicos e sociais acumulados pela civilização humana e necessários para este objetivo.  (TEIXEIRA, R., BEDOYA, M. Perfil dos Professores da Educação de Jovens e Adultos)


            Atividades envolventes e que tragam dinâmicas e experiências de vivências para a sala de aula é fundamental em todos os estágios da educação, seja ela educação infantil ou EJA. Infelizmente, alguns(as) professores(as) não têm essa consciência e acabam atuando na EJA apenas para terem um ganho maior de salário e não se preocupam com a metodologia para aqueles que ali estão assistindo aula à procura de crescimento intelectual.
            Os(as) professores(as) da EJA, devem saber que os(as) alunos(as) precisam de um profissional que atue de forma dinâmica em sala e aula, e mais, que mostre interesse, afeto e que trabalhe de forma dialética, afim de atender e entender as necessidades educacionais dos(as) alunos(as) da EJA.

Referências:

LIBÂNEO, José. Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática. Ed. Alternativa 5ª Edição.
RAMEH, Letícia. Método Paulo Freire: Uma Contribuição para a História da Educação Brasileira.
BEDOYA, Maria, TEIXEIRA, Ricardo. Perfil dos Professores da Educação de Jovens e Adultos.