segunda-feira, 25 de outubro de 2010

As Metrópoles

As metrópoles e as formas de amenizar os seus problemas e garantir uma vida mais saudável às pessoas

Nos dias atuais, as pessoas vivem ao meio do caos, onde a poluição sonora, visual e ambiental são freqüentes.
As cidades estão mudando rapidamente a sua aparência, pois o sistema capitalista em que estamos inseridos, cria exigências de novas construções de prédios altos, os chamados “arranhas céus” que possibilitam que bancos, agências, escritórios etc., estejam concentrados .
Cotidianamente vemos a cidade mudar, onde antes havia verdes campos com árvores e plantas, hoje encontramos construções de casas, apartamentos para moradia ou comércio.
As metrópoles crescem visando o lucro do sistema capitalista, e os cidadãos acabam se sentindo sufocados ao meio de tantas mudanças, não apenas de paisagem, mas também de modo de vida.
É comum nas grandes cidades vermos um “corre-corre” de pessoas por todos os lados, buscando a sobrevivência social de si próprio e/ou de sua família.
Neste contexto, faz-se necessário que alguns movimentos sejam realizados para garantir que a cidade grande, lugar onde as pessoas não apenas trabalham, mas vivem, não seja apenas um amontoado de prédios, comércio e busca por capital.
Os seres humanos precisam de lazer, entretenimento, contato com a natureza, e não podem apenas viver no meio de cobranças, correria e abaladas psicologicamente e socialmente causados pelo estresse que viver nas grandes metrópoles causam.
Há diversas ong’s, projetos sociais e movimentos urbanos que buscam uma vida mais saudável e mais tranqüila nas metrópoles.
Abaixo um tema muito discutido sobre a preservação da orla do Guaíba, local conhecido por todos nós porto-alegrenses e uma área que deve ser preservada para o lazer e o bem estar de todas as pessoas.


A Polêmica da Orla do Guaíba 

 

A Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, artigo 245, incisos I e V, ao identificar a Orla do Guaíba como área de preservação permanente, estabelece tratamento especialíssimo às áreas e imóveis nela localizados. Com efeito, o parágrafo único deste artigo veda, em tais áreas, atividades que de qualquer forma, contribuam para descaracterizar ou prejudicar seus atributos e funções essenciais. No entanto, o projeto que hoje se debate altera radicalmente esta área, e o pior, sem que tenha sido apresentado o respectivo Estudo de Impacto Ambiental. Se em qualquer outro local a exigência de tais estudos para empreendimentos de impacto é rotineira, neste caso tal exigência deve ser considerada requisito essencial para o exame de qualquer projeto de lei que trate da sua urbanização.
Além disso, ainda a lei orgânica de nossa cidade estabelece no artigo 126: “Os interesses da iniciativa privada não podem se sobrepor aos interesses da coletividade”. Por sua vez, o artigo 127 deixa claro que, “os planos que expressam a política de desenvolvimento econômico do município terão o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida da população, etc…”.
A Orla deve ser respeitada como patrimônio natural, paisagístico, cultural e histórico da comunidade porto-alegrense.  Além do mais, a Orla no seu exame para revitalização não deve ser encarada isoladamente e devemos respeitá-la com a noção adequada de revitalização com parques, jardins, equipamentos de lazer como espaço aberto para uso de toda a população. Falamos insistentemente nisso, e o Poder Público, os empreendedores e uma parcela da população do bairro Cristal, desconsideram isso.

RESUMO DO PROJETO “PONTAL DO ESTALEIRO”

O Pontal do Estaleiro se propõe a transformar uma região privada e abandonada há mais de duas décadas em uma grande e excelente área semi-pública (espaços privados junto à espaços públicos) com sucesso garantido através do uso misto (residencial/comercial/serviços), criando um local para lazer, contemplação, entretenimento, esporte e cultura. Com a previsão da construção de bares, restaurantes, museu, ciclovia, marina pública, em torno de um novo parque na beira do Guaíba, totalmente público, o Pontal do Estaleiro é o que Porto Alegre necessita na hora que mais necessita: uma esperança de resgate à integração do porto-alegrense com o Guaíba.

Ousado ao extremo, virou alvo de críticas e lutas. Um projeto tão excelente e que trará tantos benefícios, o Pontal marca a história de Porto Alegre, abrindo espaço para o 'SIM' em plena terra do 'NÃO'. O Pontal reabre discussões como: parcialidade da mídia, exploração de seu espaço, manipulação em prol de interesses particulares; vínculo político-partidário de ONGs e entidades que dizem estar lutando pelo bem coletivo de Porto Alegre; falsa democracia por parte de determinadas siglas políticas que historicamente lutaram pela adoção da própria democracia brasileira; atuação de estudantes universitários visando a bagunça e exaltando a própria falta de vontade em discutir situações cotidianas da cidade; o papel da Câmara de Vereadores: discutir urbanismo de forma técnica ou supositória.

O que importa é que o Pontal tem futuro quase que garantido e com a sede da Fundação Iberê Camargo e o BarraShopping Sul, a região se consolidaria como um pólo de desenvolvimento da Capital.

  

PAM - Porto Alegre em Movimento

PAM - Porto Alegre em Movimento é uma Organização Não Governamental, que tem por finalidade a defesa da cidadania e do ambiente ecologicamente qualificado.
Utiliza como ferramentas para o alcance de seus fins: a ciência, cultura, artes, filosofia da não violência, estabelecimento de novas relações de consumo, organização social de fato e de direito e a livre manifestação do pensamento.
Queremos através de ações concretas e contundentes, informar e alertar a população porto-alegrense sobre assuntos, que interferem diretamente na boa qualidade de vida de nossa cidade. Bem como, sempre que possível, apontar as soluções para os problemas da metrópole e seus respectivos responsáveis.

O PAM - Porto Alegre em Movimento associou-se ao Movimento em Defesa da Orla do Guaíba, por que acredita que somente com a União da Sociedade poderemos combater os abusos dos políticos, coibir a privatização de bens de uso comum tutelados pela constituição e restaurar, sempre que possível, os ecossistemas degradados.

Retiro PPAEH - Osório/2010